Otorrinolanringológicas

A adenoidectomia (conhecida popularmente como retirada da “carne esponjosa”) é uma cirurgia que tem como objetivo remover a adenoide, massa linfoide localizada no fundo da cavidade nasal. Em algumas crianças, este tecido pode estar aumentado, provocando uma diminuição na passagem de ar, o que eventualmente prejudica o desenvolvimento dos ossos da face e das arcadas dentárias.

Trata-se de um procedimento de pequeno porte, rápido e realizado sob anestesia geral.

A técnica é feita totalmente via oral ou nasal e pode ser associada com outros procedimentos otorrinolaringológicos.

É indicada para crianças que roncam e respiram pela boca, comumente devido a obstrução nasal ocasionada pelo aumento da adenoide. Além disso, pode ser realizada em crianças com rinossinusite crônica, otites médias e suspeita de neoplasia.

O septo divide a cavidade nasal em duas partes, sendo constituído de mucosa, cartilagem e osso. Quando, devido ao próprio desenvolvimento ou fruto de algum trauma de face, encontra-se desviado para um dos lados do nariz, o septo acaba por tornar-se um obstáculo para a passagem do ar.

A septoplastia é uma cirurgia feita para corrigir os desvios do septo nasal, tornando-o mais reto, com o objetivo de melhorar a respiração.

A cirurgia é indicada para pacientes com desvio de septo, que apresentam obstrução nasal crônica, sem melhora com tratamento clínico. Geralmente, a septoplastia não deixa cicatrizes por ser realizada pela parte interna do nariz, sem incisões externas, sob anestesia geral.

Este procedimento pode ser associado à cirurgia estética do nariz, a Rinoplastia.

Dentro do nariz, existem 3 pares de conchas nasais (também conhecidas como cornetos nasais), que se alojam nas laterais da cavidade, numa disposição semelhante a prateleiras. Em cada fossa nasal, temos conchas inferiores, médias e superiores, de tamanho decrescente.

Principalmente em pacientes alérgicos, com rinopatia crônica, comumente ocorre uma hipertrofia (aumento de tamanho) dessas estruturas, o que dificulta a passagem de ar.

Sendo assim, a turbinectomia visa o tratamento da obstrução nasal por meio de ressecção parcial dos cornetos inferiores, aumentando o espaço para o fluxo aéreo.

É um procedimento realizado sob anestesia geral, por intermédio de videoendoscopia. Na grande maioria das vezes, é feito associado a outros procedimentos nasais (septoplastia, sinusectomia, etc).

O pós-operatório assemelha-se ao da septoplastia, com necessidade de repouso e cuidados locais.

A timpanoplastia é o procedimento cirúrgico que tem como objetivo reconstruir a membrana timpânica, geralmente perfurada como consequência de uma otite média ou algum trauma, incluindo o barotrauma (por pressão de ar ou água).

As perfurações do tímpano podem causar a perda auditiva(uma vez que modificam a transmissão da onda sonora), além de secreção nos ouvidos.

A timpanoplastia pode ser feita com diversas técnicas, que dependem das condições do paciente. É realizada sob anestesia geral, por meio de uma incisão na região posterior da orelha. Pelo mesmo acesso cirúrgico é retirado um enxerto do músculo temporal, que será posicionado de maneira a cobrir a perfuração da membrana timpânica.

Muitos casos de rouquidão podem ter como causa alguma lesão ou alteração estrutural das pregas vocais. A maioria delas requer tratamento cirúrgico, com exérese ou plastia das bordas das cordas vocais.

Mesmo sem queixas de alteração de voz, lesões de aspecto suspeito devem ser removidas cirurgicamente e enviadas para análise em laboratório (biópsia). 

Os procedimentos em laringe são realizados sob anestesia geral e com uso de microscópio. 

O pós-operatório não costuma ser doloroso, mas requer repouso vocal e cuidados específicos para cada caso.